quarta-feira, 16 de julho de 2008

CATEDRAL

O deserto. Que atravessei. Ninguém me viu passar. Estranha e só. Nem pude ver. Que o céu é maior. Tentei dizer, mas vi você. Tão longe de chegar. Mas perto de algum lugar. É deserto. Onde eu te encontrei.Você me viu passar. Correndo só. Nem pude ver. Que o tempo é maior. Olhei pra mim. Me vi assim Tão perto de chegar. Onde você não está. No silêncio uma catedral. Um templo em mim. Onde eu possa ser imortal. Mas vai existir. Eu sei. Vai ter que existir. Vai resistir nosso lugar. Solidão. Quem pode evitar. Te encontro enfim. Meu coração é secular. Sonha e deságua. Dentro de mim. Amanhã devagar. Me diz Como voltar. Se eu disser. Que foi por amor. Não vou mentir pra mim. Se eu disser. Deixa pra depois. Não foi sempre assim. Tentei dizer. Mas vi vocêTão longe de chegar. Mas perto de algum lugar...

Música de: Zélia Duncan – Tanita Tikaran; versão: Zélia Duncan

terça-feira, 1 de julho de 2008

A PEDRA

O distraído nela tropeçou; O bruto a usou como um projétil; O empreendedor, usando-a, construiu; O camponês, cansado da lida, dela fez assento; Para as crianças foi brinquedo; Drummond a poetizou; Com ela Davi matou Golias; O artista fez dela a mais bela escultura... Em todos os casos, a diferença não era a pedra, mas sim o homem.
Autor: Desconhecido
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